Fan page Wanderly Frota |
Esse é um livro difícil de ser
definido com palavras. Não porque seja ruim, muito pelo contrário. É bom de diferentes
formas, pois acredito que atinja as pessoas de jeitos variados, de acordo com o
que cada uma esteja sentindo no momento da leitura, seja uma saudade enorme, um amor profundo ou um espirito
aventureiro. Essa subjetividade o torna complexo.
Contudo, independente das emoções
que o livro desperte no leitor, uma coisa é certa: Voos consegue te carregar nas palavras, enlevar o espirito e trazer
uma paz impressionante, mesmo que você o leia depois de um dia conturbado.
Nele, Wanderly Frota fala de
sentimentos de um jeito que poucas pessoas conseguem, através de uma coleção de
pequenos textos.
Em cada um deles, nós vamos
conhecendo seu lado menina sonhadora, atrás do qual se esconde uma mulher que
teve que amadurecer para viver nesse mundo de gente grande. Como ela mesma se
define: “Sou meio Peter Pan”.
Mas o que, à primeira vista, pode
parecer uma série de textos intimistas, que tratam apenas dos seus próprios
medos e dúvidas, se mostra uma janela que dá vista para nós mesmos. Tudo pelo
qual a Wanderly já passou (ou ainda passa) nós nos identificamos, pois já
passamos por aquilo: saudade de coisas que não voltam mais, medo do que é
desconhecido e mesmo assim um desejo de fazer tudo diferente. O que todos esses
sentimentos têm em comum é uma fé que nos impulsiona a seguir em
frente.
Voos, então, é uma viagem que realizamos por nossa própria
vida. Nos vemos como somos no presente, o que tínhamos no passado e o que
queremos para o futuro. Encaramos a vida com uma nova perspectiva, ansiando sempre pelo melhor. Tudo isso, neste
pequeno livro azul, que na verdade é maior por dentro...